sábado, 27 de fevereiro de 2010

Quando eu terminar o mestrado...

Quero ter uma liberdade que jamais tive...
Quero ouvir mais músicas...
Pensar menos na CAPES...
Estudar mais sobre mais coisas...
Ir ao estádio assistir um jogo do corinthians...
Me preocupar menos, viver mais...

Hoje consigo perceber que nada na minha vida aconteceu por acaso, os sucessos e insucessos derivam de minha história, minha trajetória. Estou aqui escrevendo tentando unir forças e partir para a última empreitada em minha dissertação de mestrado antes da correção atenciosa, carinhosa e crítica da minha orientadora Vilma Nista.

Percebo que meu maior acerto foi o meu maior erro. Não seria feliz na carreira se não tivesse ingressado no mestrado como o fiz. Sob críticas e desconfianças daqueles que imaginam que o mestre precisa ter mais de trinta e cinco anos. Ao mesmo tempo sinto falta de tudo aquilo que uma pessoa de vinte e três gostaria de fazer... Há uma boa notícia, o processo está no fim! Não quero partir diretamente para doutorado, quero viver um pouco mais: viajar com a namorada, beber cerveja com os amigos, dar mais atenção aos meus alunos... Enfim, tirar esse peso das minhas costas.

Depois falo do futuro, agora tenho que terminar minha dissertação.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Dar Aula Cansa!

Dar aulas não cansa! Cursei a licenciatura em Educação Física ouvindo esta frase. Cansa é ver os alunos desinteressados na aula, sem ler sequer um texto relacionado à disciplina. Cansa o trânsito, cada vez mais caótico na cidade de São Paulo. Cansa o relacionamento com os coordenadores de curso, com os funcionários da segurança. Mas dar aula, isso não cansa mesmo.
Nesses poucos anos de experiência que acumulo percebi algumas coisas. Uma delas é que as discussões com superiores e colegas professores são coisas da profissão, portanto, da aula. O cansaço que provém do trânsito aparentemente irremediável da capital paulista são coisas da profissão, portanto, da aula. Os alunos, desinteressados, que nos dão trabalhos e nos levam a profundas reflexões sobre nossa prática pedagógica, além de testar como poucos nossa paciência existem, são coisas da profissão, portanto da aula.
Em outras palavras dar aulas cansa, e muito. É gostoso, gratificante quando da certo, é bom. Estar em contato com os alunos, criar laços afetivos com turmas inteiras, chegar a escola e sumir no meio de dez, vinte, trinta crianças que abandonam suas carteiras para correr e te abraçar, é maravilhoso.
Mas não se enganem, dar aula cansa e muito!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Aquecimento

Hoje foi dia de atribuição. Para quem não sabe na rede estadual de ensino existe um processo de atribuição das aulas disponíveis em cada unidade escolar. Os professores concursados, ou melhor, os titulares de cargo efetivo - conhecido como efetivo - têm preferência na atribuição. Como sou efetivo pude atribuir minhas aulas hoje. Neste ano vou trabalhar com duas segundas séries, três terceiras, quatro quartas e uma sexta série.
A atribuição para os efetivos é tranquila. O momento mais desgastante desta fase é a atribuição para os professores que não são concursados - chamados de OFA. Esses professores tiveram que prestar uma "provinha" no fim do ano letivo de 2009. Alguns se deram bem outros, nem tanto. Muitos deles correm o risco de terem sua carga horária diminuída para 12 horas semanais a serem cumpridas do modo como a diretoria da unidade escolar melhor entender.
Isso tem gerado muitas irritações nesses professores. Para dizer a verdade não tenho um posicionamento definitivo em relação a este assunto. Não será fácil resolver este problema. Considero que há um número excessivo de professores contratados em caráter temporário na rede de ensino. Alguns defendem a efetivação compulsória desses professores, mas, sempre me pergunto se essa é a saída...