quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

E o ano letivo quase chegou

Parece brincadeira. Há uma nuvem de descaso e insensatez pairando entre os ares da adiministração educacional paulista. Se já não bastasse o péssimo serviço oferecido a população do estado de São Paulo, agora, enfrentamos uma disputa - que me parece muito mais político partidária - entre a secretaria da educação e um dos sindicatos que representam os professores.
Quem sai perdendo? Os alunos, é claro! Mas, eles perdem muito? Muitíssimo. Como isso pode acontecer? Eu explico.
Isso tudo começou anos passado, quando a secretaria anunciou que os professores não concursados teriam que prestar uma prova com vistas ao processo de atribuição de aulas para o ano letivo de 2009. Muitos professores não acreditaram, logo, o tema caiu no mais profundo esquecimento. Quando o assunto voltou a tona, a data da prova foi marcada, as inscrições foram abertas e o "redevu" começou.
A inscrições foram marcadas por um aspecto: a bagunça. Me lembro que informei um amigo sobre este novo processo e disse para ele se inscrever, ele não conseguiu, utilizaram como argumento o fato dele ainda estudar, mas, em outras diretorias de ensino, alunos na mesma situação que ele conseguiram, o processo não era na rede estadual?
A prova, pelo visto, também foi marcada pela desorganização. Atraso para o início da aplicação, pessoas estressadas demais, recolhimento desordenado das avaliações.
Há pouco recebemos noticias das correções, advinha só, bagunça. Alguns professores não tiveram suas avaliações corrigidas, elas simplesmente sumiram? Outros reclamam das notas... É tudo muito estranho.
Com toda essa seleuma, o início das aulas foram adiadas para o dia 16/02 - segunda feira. Em entrevista a secretaria da educação fez questão de garantir que os 200 dias letivos estão garantidos, que este imbroglio foi criado por um dos sindicatos e ela não sabia o porque.
Se ela não sabe, imagine eu. Sei apenas que a qualidade do ensino não é o carro chefe de todas essas discussões, pelo contrário, parece que a qualidade fica em último plano.
As vezes, penso que eles não sabem o que é qualidade na educação, afinal, estudam muito mais sobre administração, finanças e etc. Na educação é diferente, nem sempre o mais rápido é o melhor, não existem esquemas pré-definidos, é só aplicar e plim, a educação deu certo. Não é assim, e, enquanto for do jeito que é, não dará certo. Falta ler Paulo Freire, João Freire, Jair Militão, Marilia Velardi. Falta saber que a educação é como a vida, falta mostrar para o sujeito que ele é o principal sujeito no seu processo educacional, assim como na vida.

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