Entra e não entra. Entra porque a USP, como nas outras áreas de conhecimento, é a universidade com números mais representativos no campo da Educação Fìsica. Vale dizer que o seu curso de Pós Graduação - Mestrado e Doutorado - é o único do país avaliado com a nota 6 pela CAPES. Volto a uma pergunta formulada no post anterior: isso é bom? Depende.
Não há como duvidar da capacidade dos profissionais envolvidos no curso de Pós Graduação da USP, mas é possível questionar sua legitimidade frente a área de conhecimento e suas ramificações. Por exemplo, as publicações de mais impacto são as internacionais, quantos desses artigos nós lemos? Quando lemos, qual é sua aplicabilidade em nosso cotidiano?
Me parece que algumas publicações - não vou generalizar - são construídas nos diferentes laboratórios "uspianos" com o olhar voltado para uma ou outra revista internacional e sua classificação. Isso é ruim.
A construção de conhecimento em nível superior deve estar atrelada ao desenvolvimento local e global. Não deve simplesmente atender a exigências da revista A ou B que renderão pontos, que por sua vez renderão mais verbas para a construção de outros projetos de pesquisa sem impacto.
A referência deve ser outra, a construção de conhecimento deve girar em torno das necessidades da população local em todas as áreas de conhecimento, inclusive na Educação Física.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
domingo, 25 de janeiro de 2009
Queda na produção científica da USP, bom sinal?
Hoje, o pai da minha namorada comprou o jornal Folha de São Paulo em sua casa, acho a Folha um dos melhores jornais aqui de São Paulo e logo deixei de prestar atenção na televisão e comecei a ler a partes que me interessavam.
Comecei, é claro, pelo caderno de esportes. Quem não começaria? Talvez minha mãe, minha namorada, minha orientadora... mas isso não vem ao caso. Quando cheguei ao caderno cotidiano me deparei com a seguinte manchete: "Aos 75, USP tem mais alunos e menos produção científica".
Obviamente o título chamou minha atenção e dediquei minha atenção aquela reportagem. Quando eu comecei a ler me perguntei: a USP produzir mais é bom ou ruim? Conclui naquele momento que pode ser os dois e que ao final da reportagem uma breve reflexão revelaria uma opinião mais crítica sobre essa situação.
De acordo com a Folha, a média da publicações por docente caiu 30, 4% de 2003 para cá, enquanto o número de vagas ofertadas subiu 27,7%. Logo percebi que outras matérias foram publicadas no mesmo caderno em torno do mesmo tema.
Após a leitura me posiciono ao lado daqueles que defendem o aumento das vagas nos cursos de graduação da USP, ao contrário do que muitos pensam a universidade é espaço para o ensino, a pesquisa e a extensão, não é possível investir todo o dinheiro repassado pelo governo apenas em pesquisas, que muitas vezes não estam relacionadas com a nossa "gente".
Quanto a diminuição do número de publicações restou uma dúvida, será que ela caiu mesmo? Ou será que estamos publicando melhor? Primeiro devo deixar claro que publicar melhor na minha concepção é tornar público para uma determinada população um avanço científico que lhe pode ser útil. Tomando este conceito como ponto de partida, nossos melhores estudos seriam publicados em revistas nacionais, e não em periódicados indexados ao ISI - Instituto para a informação científica. Se eu deixo de publicar em um desses periódicos para publicar em uma revista nacional b, meu texto pode ser lido por mais brasileiros, portanto pode ser mais útil para o Brasil, mas para os quantificadores do ISI não seria nada.
Nesse sentido, me parece que a queda na produção científica da USP é um bom sinal.
Comecei, é claro, pelo caderno de esportes. Quem não começaria? Talvez minha mãe, minha namorada, minha orientadora... mas isso não vem ao caso. Quando cheguei ao caderno cotidiano me deparei com a seguinte manchete: "Aos 75, USP tem mais alunos e menos produção científica".
Obviamente o título chamou minha atenção e dediquei minha atenção aquela reportagem. Quando eu comecei a ler me perguntei: a USP produzir mais é bom ou ruim? Conclui naquele momento que pode ser os dois e que ao final da reportagem uma breve reflexão revelaria uma opinião mais crítica sobre essa situação.
De acordo com a Folha, a média da publicações por docente caiu 30, 4% de 2003 para cá, enquanto o número de vagas ofertadas subiu 27,7%. Logo percebi que outras matérias foram publicadas no mesmo caderno em torno do mesmo tema.
Após a leitura me posiciono ao lado daqueles que defendem o aumento das vagas nos cursos de graduação da USP, ao contrário do que muitos pensam a universidade é espaço para o ensino, a pesquisa e a extensão, não é possível investir todo o dinheiro repassado pelo governo apenas em pesquisas, que muitas vezes não estam relacionadas com a nossa "gente".
Quanto a diminuição do número de publicações restou uma dúvida, será que ela caiu mesmo? Ou será que estamos publicando melhor? Primeiro devo deixar claro que publicar melhor na minha concepção é tornar público para uma determinada população um avanço científico que lhe pode ser útil. Tomando este conceito como ponto de partida, nossos melhores estudos seriam publicados em revistas nacionais, e não em periódicados indexados ao ISI - Instituto para a informação científica. Se eu deixo de publicar em um desses periódicos para publicar em uma revista nacional b, meu texto pode ser lido por mais brasileiros, portanto pode ser mais útil para o Brasil, mas para os quantificadores do ISI não seria nada.
Nesse sentido, me parece que a queda na produção científica da USP é um bom sinal.
Parabéns USP, pelos seus 75 anos de existência.
Não preciso dizer que a USP é a principal instituição de ensino superior do país. Na Educação Física foi responsável pela formação acadêmica de alguns autores renomados, como: João Batista Freire, Jocimar Daolio, Osvaldo Luiz Ferraz entre outros.
Existe em nossa área de conhecimento uma certa má vontade em relação a USP, expressada muitas vezes com mais veemencia pelos pesquisadores da área pedagógica - eu sou um deles - sempre dizemos que eles racionalizam demais, apequenam demais, produzem demais... O fato, é que o mestrado em Educação Física da USP é o único do país avaliado com nota 6 pela CAPES. Isso é bom? Não sei, falarei mais sobre isso no próximo tópico. Este foi criado para parabenizar a maior instituição de ensino superior do país. O que seria da minha ou da sua educação sem a existencia da USP?
Existe em nossa área de conhecimento uma certa má vontade em relação a USP, expressada muitas vezes com mais veemencia pelos pesquisadores da área pedagógica - eu sou um deles - sempre dizemos que eles racionalizam demais, apequenam demais, produzem demais... O fato, é que o mestrado em Educação Física da USP é o único do país avaliado com nota 6 pela CAPES. Isso é bom? Não sei, falarei mais sobre isso no próximo tópico. Este foi criado para parabenizar a maior instituição de ensino superior do país. O que seria da minha ou da sua educação sem a existencia da USP?
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Diálogos sobre Educação Física Escolar: Primeira Postagem
Há tempos imagino a criação de um Blog que me permita compartilhar aquilo que penso sobre a vida, as pessoas, enfim, o mundo. O título deste Blog traz consigo a revelação de um objetivo: dialogar sobre Educação Física Escolar. Penso que é possível construir um canal de comunicação que contemple idéias ligadas a Educação Física como área de conhecimento, a Educação Física como componente curricular na Educação Básica e, por fim, aos pensamentos do autor deste Blog sobre as coisas da vida humana.
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