terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Mania de Professor (a)



Já perceberam como as vezes é difícil conversar com um professor (a)? Inúmeras vezes uma simples conversa sobre qualquer assunto se transforma em uma palestra, daquelas bem pesadas que remontam a meados do sécula XX. Basta uma palavra e pronto: senta que la vem história!
Posso citar alguns exemplos. Neste blog há um post intitulado "Meus meninos e seus pés no chão". Quando o escrevi, pensei apenas em abrir diálogo sobre um fato corriqueiro na vida das crianças - brincar descalço - e a dureza que muitas vezes a submetemos nas aulas de Educação Física. Dias depois recebi um e-mail muito carinhoso de uma professora que me dava dicas sobre como convencer os alunos a participarem da aula calçados. Uma verdadeira aula.
Outra vez estava em um bar com amigos. Falando sobre futebol, surgiu uma pergunta qualquer, daquelas típicas de conversa de bar. Um dos amigos tomou a palavra e resenhou, resenhou, resenhou tanto que ele se pegou em uma das esquinas da fala professoral e disse: "Nossa, parece que estou na escola falando com meus alunos".
Esse tipo de comportamento é comum em professores de várias áreas de conhecimento. É preciso tomar cuidado, senão, levar a namorada (o) para jantar pode se transformar em uma aula sobre a história do vidro no egito antigo. Uma partida de futebol pode se transformar em uma aula de cálculo sobre a diferença de metragem entre o campo do Manchester da Inglaterra e o campinho do sítio e as implicações para a prática do futebol arte.
Eu poderia elencar uma série de motivos para essa mania. Mas vou pegar só um. Falta de diálogo. Sempre que presencio essas aulas fora de hora percebo que a pessoa se fecha para o mundo. Direciona seu olhar para o chão, aumenta o tom de voz e começa... Essa postura que, até certo ponto, pode ser considerada normal pois a formação do professor históricamente o fez dono da verdade, denuncia uma falha. hoje é sabido que não somos donos da verdade.
Esta, é uma construção coletiva e não uma imposição. Embora muitas vezes construções coletivas dos outros nos são impostas, mas isso é tema para outro post.
A construção do diálogo é dos temas mais difíceis que abordo em minhas aulas. Dialogar é se doar ao outro e não simplesmente falar, falar, falar... Entender o outro, codificar sua mensagem e depois responde-la. Se parássemos para pensar nessas coisas talvez evitariamos um pouco mais essa mania de professor.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Balanço de 2009

Este ano, como os últimos da minha vida, foi um ano de intenso aprendizado. Mas, diferente do ocorrido em anos anteriores, pela primeira vez, me sinto seguro ao trilhar o caminho que escolhi. Este, foi o pior dos aprendizados.
Cometi vários equívocos. Algumas gafes. Outras desilusões. Mas no final, deu tudo certo.
As coisas caminharam tão bem que este fim de ano não poderia ter sido melhor. Consegui passar com sobras pelo exame de qualificação no mestrado - confesso que tive medo de não conseguir - além disso, fui aprovado no concurso público que prestei com vistar a ocupação de um cargo mais valorizado no serviço público e, para completar, um bom free lancer caiu no meu colo para enriquecer a ceia de natal.
Precisei abrir mão de algumas coisas para resgatar o potencial que tenho em mim. Sei que estou longe de alcançar minha plenitude, mas prometo que vou tentar.

O primeiro passo: defender até março de 2010!

Voltei!

Há algum tempo tenho pensado em voltar
Mas só agora consegui me organizar
Espero que daqui "pra" frente eu não volte a faltar
Para poder sempre dialogar