A cultura de movimento é o ponto chave para o desenvolvimento das aulas. Se levarmos isso em consideração os processos educacionais seriam melhores, penso.
Na minha escola trabalho nessa perspectiva, primeiro levo em consideração o contexto no qual meus alunos vivem, isso me faz alterar a linguagem que utilizo, os pontos que necessitam de mais ou menos explicação. Depois, me apego a dinâmica da escola: como são as aulas com os outros professores? A relação com os inspetores de alunos? Com a tia da cozinha? Tudo isso faz parte do currículo escolar, a disciplina que ofereço - Educação Física - entra nesse bojo.
Começo o ano por jogos e brincadeiras comuns aos alunos. Em 2009 comecei pelo "pega-pega", no jogo, mostro como será a dinâmica da aula. Início com roda de diálogo, paradas durante a aula para dialogar sobre a atividade, eu os provoco ambicionando mudanças no jogo. E por ai vai. Não importa para mim quantos alunos foram pegos ou não no jogo, ou, qual equipe ganhou o "rouba-bandeira".
Vale criar e recriar jogos já existentes. Vale combinar regras e segui-las, até perceber que seguindo as regras o jogo flui melhor e, se não fluir, podemos altera-las. Vale criar estratégias para ganhar atacar e se defender no jogo, vale criar novas maneiras de jogar. O diálogo, o movimento, são coisas que não faltam nas minhas aulas, mas para além de tudo isso, está a busca pelo ser mais.